PARTILHA/COLABORAÇÃO

Nishant Redkar engenheiro de software registou o seguinte no seu blogue: "Um homem sábio disse uma vez: [A privacidade é a condição de ficar sozinho, fora da vista do público e no controlo das informações que as outras pessoas têm sobre si]".


"Está a emergir na nossa vida uma nova civilização e por toda a parte há cegos que tentam suprimi-la.
(...) Outros, aterrorizados com o futuro, entregam-se a uma desesperada e inútil fuga para o passado e
tentam restaurar o mundo moribundo que lhes deu vida." (in "A Terceira Vaga", Alvin Toffler, p.13).

17/11/2007

A REVOLUÇÃO DOS CRAVOS


Abril de Sim Abril de Não

Eu vi Abril por fora e Abril por dentro
vi o Abril que foi e Abril de agora
eu vi Abril em festa e Abril lamento
Abril como quem ri como quem chora.

Eu vi chorar Abril e Abril partir
vi o Abril de sim e Abril de não
Abril que já não é Abril por vir
e como tudo o mais contradição.

Vi o Abril que ganha e Abril que perde
Abril que foi Abril e o que não foi
eu vi Abril de ser e de não ser.

Abril de Abril vestido (Abril tão verde)
Abril de Abril despido (Abril que dói)
Abril já feito. E ainda por fazer.

Manuel Alegre
30 Anos de Poesia
Publicações Dom Quixote

ANOREXIA

- Baixo peso;
- Falta de apetite;
- Total aversão à comida ;
- Exercício excessivo e compulsivo ;
- Fome e vómitos provocados ;
- Imagem distorcida do próprio corpo ;
- Comprimidos dietéticos e drogas diuréticos ;
- ...

OS MANUAIS ESCOLARES

Os manuais são auxiliares preciosos no apoio à aprendizagem na generalidade das disciplinas, e nos últimos anos tem-se assistido ao aparecimento de manuais cada vez mais atractivos, nomeadamente a nível gráfico, constituindo-se como projectos que contêm não só o livro do aluno, como cadernos de actividades, transparências, cassetes de áudio e de vídeo, cds, etc.
Mas é fundamental que os professores que adoptam os manuais sejam críticos em relação ao que estão a adoptar e não se deixem fascinar apenas pelo acessório, mas analisem bem se o manual é, efectivamente, um auxiliar de qualidade. Assim deve haver, por parte dos autores, um cuidado especial na sua concepção e, por parte dos professores, um cuidado especial na sua escolha, de modo a que ele se constitua, efectivamente, como um bom instrumento de trabalho e contribua para a qualidade de ensino.
Talvez fosse interessante que os critérios de adopção dos manuais escolares sejam, não só do conhecimento mas também discutidos com os pais e alunos.

06/11/2007

Luís Sepúlveda e AS ROSAS DE ATACAMA



Este é um escritor de excepcional sensibilidade.
Luís Sepúlveda nasceu em 1949 no Chile e vive actualmente em Espanha. Escreveu obras como “O Velho Que Lia Romances de Amor, Mundo do Fim do Mundo, Nome de Toureiro, Patagónia Express, História de Uma Gaivota e do Gato Que a Ensinou a Voar, Encontro de Amor Num País Em Guerra e Diário de Um Killer Sentimental.
Nesta obra, As Rosas de Atacama, o escritor serve-se das suas experiências e das suas vivências ao viajar pelo mundo para nos oferecer, em pequenos contos, o retrato de homens e mulheres que, no anonimato, ajudaram, ajudam e ajudarão a construir o verdadeiro rosto da História. O autor conta em Histórias Marginais (o primeiro conto do livro) que, ao passar no campo de concentração de Bergen Belsen, na Alemanha, encontrou gravada numa pedra uma frase de autor anónimo que dizia: “Eu estive aqui e ninguém contará a minha história”. Essa frase fez-lhe pensar em várias pessoas excepcionais que conheceu e cujas histórias mereciam ser contadas.
Assim surgiu este livro que relata histórias de lutas titânicas travadas por pequenos heróis contra grandes causas. São guerras que não se vencem numa batalha mas que servem para despertar mentalidades para as grandes lutas.
Luís Sepúlveda inicia este livro composto por cerca de 3 dezenas de contos sobre grandes seres humanos, anónimos que iniciaram lutas importantes para defesa dos seus valores e que ainda hoje se mantém contra grandes forças. Lutas em torno da defesa da vida e da dignidade humana, a luta pela injustiça, o elogio dos valores ecológicos, o exotismo como afirmação de que os sonhos são os mesmos em todos os lugares da Terra.