PARTILHA/COLABORAÇÃO

Nishant Redkar engenheiro de software registou o seguinte no seu blogue: "Um homem sábio disse uma vez: [A privacidade é a condição de ficar sozinho, fora da vista do público e no controlo das informações que as outras pessoas têm sobre si]".


"Está a emergir na nossa vida uma nova civilização e por toda a parte há cegos que tentam suprimi-la.
(...) Outros, aterrorizados com o futuro, entregam-se a uma desesperada e inútil fuga para o passado e
tentam restaurar o mundo moribundo que lhes deu vida." (in "A Terceira Vaga", Alvin Toffler, p.13).

25/02/2008

15/02/2008

O TEMPLO ROMANO

(Desenho do Templo Romano antes de ser vandalizado)
Correcção:
de acordo com a correcção feita pelo Anónimo num comentário, e consultando um dos sites que aconselha, o Templo Romano não foi vantadizado, foi " ...destruído durante as invasões ' bárbaras' "
Consultado a 5 de Maio de 2008 em: http://www.7maravilhas.sapo.pt/mon20.html
Este url contem, no entanto, uma incorrecção imperdoável; o Templo Romano so é designado por Templo de Diana devido a um enorme equivoco.
Obrigada pelas colaborações :-)

11/02/2008

ALPENDRE

Vem, vem com a pressa
da lua entornada no mar
e dos vestidos
com que regas as estações
na confusão do teu corpo.

Vem: deixa que o tempo
se arraste com as horas amargas
na cal dos teus lábios
como uma serpente
que adormece
no asfalto e engole
os meus gestos.

Deixa que eu lave o frio
das tuas mãos quando a noite
vem despida de sentido,
quando te fechas no sótão
com o rosto vincado das paredes

a embalar um berço vazio e teimoso
e não te cansas dessa valsa
que suspiras.

"Não quero adormecer.

""E se eu rasgar o mar
só p'ra te ver?
"E tu sabes que o faria
quando vês o meu sorriso
sonâmbulo na seda
do lençól, calado
no alpendre queimado.

E mesmo que não fales
quando os teus lábios tremem
e finjo adivinhar-te,
soletras no teu sonho
o que o teu corpo teima
em não cantar.

Vem: enrola a tua mão na minha
e desmaia no peito de cada sílaba soletrada
como aves que não pediram para voar,
soltas casa fora, soltas casa fora:

Vem, por ruas desertas
e passeios desgastados,
mas vem.


João Coelho (meu sobrinho)

03/02/2008

DO LIVRO AOS JOGOS DE VÍDEO

O filósofo grego Sócrates receava os livros. Receava que com essas inovações os jovens deixassem de usar a memória e nunca mais fossem capazes de evocar conhecimentos por si próprios. Preferia, portanto, confiar no conhecimento intrínseco, mais do que no elemento escrito. Tanto assim foi que nunca deixou nada registado por escrito. Tudo que sabemos dele vem do relato de seus discípulos. Sócrates parecia temer o livro tal como hoje se temem os jogos de vídeo. Faz lembrar o exercício de imaginação que Steven Jonhson faz, caso o vídeo tivesse aparecido antes do livro, e a dificuldade que seria aceitar o novo. Esta é a prova de que Steven Jonhson mais uma vez tem razão.

Depois de Sócrates e com o decorrer do tempo, o livro foi temido mas despertava curiosidade. Mesmo quando ainda não tinha o formato pelo qual hoje o conhecemos, esse objecto passou a ser temido e admirado como o portador dos mistérios profundos do mundo. Rolos e códices de pergaminhos sagrados, manuscritos com fórmulas proibidas da alquimia, eram cuidadosamente escondidos em porões de mosteiros. Pouquíssimos sacerdotes tinham acesso a esses registos. Durante séculos, incunábulos amaldiçoados no Index Librorum Proibitorum foram destruídos e queimados, às vezes junto com os autores e leitores.
Hoje, à semelhança do sentimento de Sócrates em relação ao livro, há a tendência para considerar que este é indispensável e a forma mais correcta para a transmissão da cultura, do conhecimento e da informação, olhando-se agora com suspeição, embora com alguma curiosidade, as novas formas de transmissão da comunicação e do conhecimento e as inovações tecnológicas.
McLuhan afirmava que as tecnologias são extensões do corpo humano. Assim, o garfo seria a continuação de nossas mãos; o pneu, a extensão de nossos pés; a roupa, a extensão da pele, e assim por diante. É uma visão muito perspicaz. Todas as ferramentas tecnológicas são evidentemente culturais, pois nascem da necessidade. São feitas pelos (e para) os humanos e o ser humano precisa de compensar aquilo que considera fragilidade física ou biológica.

02/02/2008

TUDO O QUE É MAU FAZ BEM (STEVEN JONHSON)

Existe hoje, como sempre aconteceu, uma tendência para encarar o que é novo como suspeito, comparativamente ao que já existe e já se conhece. Por essa razão se considera que os novos meios de comunicação de massas não favorecem a aprendizagem e o desenvolvimento, atribuindo-lhes um grau de exigência a nível cognitivo, baixo e que a leitura é a única forma correcta de adquirir cultura e conhecimento. A verdade é que os nossos jovens lêem cada vez menos e isso não significa que não tenham um desenvolvimento cognitivo. Steven Jonhson no seu livro “Tudo o que é mau faz bem” mostra, através da “Curva de Sleeper”, que esse desenvolvimento pode encontrar-se nas novas formas de entretenimento tais como os jogos vídeo ou os programas que passam através dos “mass media”.
A verdade é que, a cultura de massas está a ficar mais exigente e sofisticada. Esta constatação impõe que se repense a forma como se encaram as novas tecnologias.
Tendo em conta a afirmação de Marshall McLuhan : "O meio é a mensagem" podemos afirmar que os media influenciam a conduta moral dos indivíduos, pois "tão importante - senão mais importante - é o tipo de raciocínio que estes proporcionam aos indivíduos".
Jonhsons considera que enquanto a leitura só exige esforço de uma pequena parte do cérebro, os jogos de vídeo desenvolvem capacidades sensoriais e cognitivas, inteligência visual e destreza manual, tudo em simultâneo.


Santos, S. & Sousa, S., (2007). “Tudo o que é mau faz bem”. Steve Jonhson apresentado no blog sinal luminoso. Consultado em 1 de Fevereiro de 2008 em http://sinalluminoso.blogspot.com/2007/10/tudo-o-que.html