PARTILHA/COLABORAÇÃO

Nishant Redkar engenheiro de software registou o seguinte no seu blogue: "Um homem sábio disse uma vez: [A privacidade é a condição de ficar sozinho, fora da vista do público e no controlo das informações que as outras pessoas têm sobre si]".


"Está a emergir na nossa vida uma nova civilização e por toda a parte há cegos que tentam suprimi-la.
(...) Outros, aterrorizados com o futuro, entregam-se a uma desesperada e inútil fuga para o passado e
tentam restaurar o mundo moribundo que lhes deu vida." (in "A Terceira Vaga", Alvin Toffler, p.13).

23/04/2010

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Goleman, D. demonstrou na sua obra de referência “A Inteligência Emocional” (1995) e no livro "Trabalhando com a Inteligência Emocional" (1999), como o sucesso escolar e profissional dependem tanto da Inteligência Geral (a que resulta da soma das aptidões ligadas pelo factor geral) como da Inteligência Emocional. Ao desmistificar a “ditadura” do QI (Quociente de Inteligência) que vigorava desde o início do século XX, comprovou que esta entidade é, isoladamente, um mau preditor da carreira profissional e escolar, pois avalia parcialmente as potencialidades de cada sujeito. As competências pessoais/sociais avaliadas pela Inteligência Emocional são indispensáveis na orientação que devemos possuir, para atingir elevados desempenhos nos diferentes papéis ao longo da vida.
São inúmeras as investigações e as constatações empíricas de que nos fala Daniel Goleman, para ilustrar a necessidade de cada pessoa conhecer os seus estados internos, as preferências, os recursos e as intuições, bem como reconhecer as próprias emoções, os seus efeitos e como controlar cada uma dessas situações. Este autor refere que começou a interrogar-se: - Porque razão pessoas com QIs elevadíssimos (150/170) tinham carreiras medianas e outras com QIs médios (95/105) tinham vidas com elevado sucesso, ao ponto de atingirem cargos de alto relevo na sociedade? – A resposta só podia ser uma: a Inteligência Emocional.
Para Goleman, se quisermos atingir o sucesso nas diferentes áreas da vida, será necessário auto avaliarmos as nossas: automotivação, autoconsciência e autocontrolo, bem como sabermos inspirar confiança nos outros (empatia) possuindo, ao mesmo tempo, adaptabilidade, quer dizer, dominarmos bem as aptidões sociais. Se a tudo isto juntarmos a vontade de triunfar, o empenho, a perseverança, a iniciativa e o optimismo, como o gostar do que se faz, ficam reunidas as condições para alcançar todas as metas traçadas.
Goleman (1995) descreve a Inteligência Emocional como sendo o modo idiossincrático do indivíduo interactuar com o mundo, daí apresentar conceitos como: sentimentos (Damásio, A., 2000, distingue sentimentos de emoções), consciência, motivação, entusiasmo, perseverança, empatia, etc., que configuram traços de personalidade responsáveis por atitudes de autodisciplina, de compaixão e de altruísmo, indispensáveis a uma adequada e criativa adaptação social.

Para este autor a Inteligência Emocional tem infinitos rostos, que no dia-a-dia a pessoa vai observando e descobrindo. A aprendizagem emocional é considerada como vital para o desenvolvimento humano e para o êxito que cada pessoa pode e deve alcançar na vida, daí propor que no plano pessoal cada indivíduo deve descobrir quais são os aspectos dessa inteligência que ele domina, os que pode controlar e aqueles que necessita de obter para alcançar vantagens na sua vida pessoal, profissional, social e familiar.

Para que seja possível estabelecer um programa de diagnóstico e de treino da aprendizagem emocional, primeiro será indispensável conhecer os termos usados e reflectir sobre as estratégias a utilizar num nosso plano de mudança. Para isso é necessário recorrer a instrumentos de auto análise, de que o Teste de Inteligência Emocional é um exemplo, e definir operacionalmente os conceitos de modo a que seja possível compreende-los, reflectir sobre as suas implicações e, quiçá, experimentá-los.

DAMÁSIO, António, (2000), O Sentimento de Si, Mira-Sintra - Mem Martins, Fórum da Ciência – Publicações Europa América.

GOLEMAN, Daniel, (1995),Inteligência Emocional, Lisboa, Temas & Debates.

GOLEMAN, Daniel, (1999), Trabalhar com a Inteligência Emocional, Lisboa, Temas & Debates.

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